O processo de educar filhos, ou de desenvolver outro ser humano é complexo. Envolve múltiplas formas de relações inter-afetivas. A Psicologia, através de diversos estudos e pesquisas, categorizou o que foi denominado como “padrões relacionais”, ou seja: interações educativas que geralmente se repetem com maior frequência em nossa cultura. Alguns exemplos são: o comportamento de “mimar”, de “superproteger”, de “exigir em excesso”, e de “privar afetivamente”.
Esses padrões podem prevalecer nas relações entre pais e filhos, quer os pais tenham consciência ou não: e produzem “comportamentos”, “formas de ver o mundo”, “pensar”, “sentir” e interagir de formas específicas.
A “autoestima” equilibrada está de mãos dadas com a saúde mental: trata-se de um sinal de que o caminho educativo está indo bem. A Psicologia já produziu um extenso e sólido conhecimento sobre o tema, de modo que temos, hoje, acesso claro a processos relacionais (e educativos) que constroem autoestima, a saber: um ambiente afetivo próximo, com interações constantes, baseadas em prevalência de reforço positivo, conexão, retornos verbais positivos em que se maximize autonomia.
Mesmo sabendo que são essas formas afetivas que promovem a autoestima, uma pergunta ainda se faz necessária: “quais repertórios são fundamentais para que o próprio indivíduo seja capaz, como sujeito, de produzir autoestima ao longo de sua vida?
Os repertórios de “empatia”, “assertividade” e “autoconhecimento” são responsáveis pela construção e pela manutenção de relações afetivas positivas que, por sua vez, alimentam a autoestima.
Esse será o recado da palestra: saber sobre a importância desses repertórios e obter conhecimento de como desenvolvê-los em nossos filhos.

Wilton de Oliveira