O castigo desferido por Zeus a Prometeu foi terrível: mandou acorrentar Prometeu a um rochedo, e uma águia para devorar o seu fígado, que tinha a capacidade de se regenerar a cada noite: eternamente.

Muito foi escrito sobre como Prometeu enfrentou o castigo: o tempo todo, sem perder a dignidade.

É importante lembrar que a dignidade, refere-se a um senso de valor pessoal vinculado a “Moral”. Do ponto de vista da Psicologia, o conceito de dignidade está muito próximo do que denominamos hoje por: autoestima.

Skinner (1995), escreveu: “ A autoestima é uma condição corporal produto do reconhecimento alheio ou do auto-reconhecimento aprendido através dos outros”. P. 51.

Curiosamente pesquisas em outras abordagens da Psicologia vão na mesma direção (entendem a autoestima como produto de interações sociais), e indicam duas funções específicas importantes exercidas pela autoestima. (1) está envolvida em um acréscimo da eficácia sobre a troca de informacões entre o indivíduo e o ambiente social; e (2) oferece uma função de proteger os indivíduos de experiências negativas.

Tudo isso nos mostra a importância das pessoas desenvolverem habilidades sociais e afetivas que ajudem no desenvolvimento de relações mais reforçadoras. Para que desse modo, a prática de emitir retornos verbais (com empatia e assertividade) esteja cada vez mais presente nas relações entre às pessoas.

Acreditamos que esse seja um papel a ser desempenhado pelos Psicólogos em nossa sociedade. O papel de promover relações que produzam autoestima em todos os envolvidos em processos relacionais; na medida em que a alta autoestima está intimamente ligada à saúde mental e comportamental.

Wilton de Oliveira
ITECH-Campinas

Skinner, B. F. (1995) Questões recentes na Análise Comportamental. Ed: Papirus. Campinas: São-Paulo.

Virgil Zeigler-Hill. Self-Esteem(2013). Psychology Press is an imprint of the Taylor & Francis Group.

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