Por coerção entende-se a prática cultural de utilizar de coação, punição, ameaça de punição ou de perda de um reforçador, ou de verbalizações que indiquem o que temos que fazer para fugir da punição ou da perda de um reforçador. Essa é a forma predominante usada para as pessoas controlarem os comportamentos umas das outras, ou para que as instituições exerçam seu controle sobre os indivíduos.
Essa forma de relação, infelizmente, ainda prepondera em todas as esferas relacionais: entre pais e filhos, casais, nas relações afetivas mais variadas, nas relações de trabalho, na vida política e legal, nas relações de capital, no mundo digital, enfim no dia a dia de cada um de nós.
A Análise do Comportamento demonstrou de forma inequívoca que os produtos da coerção são desastrosos para a vida emocional e comportamental de todos os envolvidos nas relações coercitivas.
Além disso, desenvolveu propostas, para as relações humanas, comprometidas com o desenvolvimento emocional e comportamental, desvinculados da coerção. Mais baseados em contingências de reforçamento positivo de modo a desenvolver mais variabilidade, sentimentos de liberdade e desenvolvimento contínuo de repertórios comportamentais vinculados a empatia e solidariedade nas relações sociais.
O livro abaixo é uma referência de reflexão na Análise do Comportamento, sobre o tema da coerção.
Sidman, Murray. (2009) Coerção e suas implicações. Editorial Psy: Campinas-SP.
Wilton de Oliveira
ITECH - Campinas
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